Pallade Veneta - Zelensky promete 'retaliações' por ataque russo à cidade de Odessa

Zelensky promete 'retaliações' por ataque russo à cidade de Odessa


Zelensky promete 'retaliações' por ataque russo à cidade de Odessa
Zelensky promete 'retaliações' por ataque russo à cidade de Odessa / foto: Oleksandr GIMANOV - AFP

A Ucrânia prometeu, neste domingo (23), "retaliações" diante do ataque russo à cidade de Odessa, que matou duas pessoas e danificou a catedral ortodoxa, enquanto Vladimir Putin garantiu que a contraofensiva ucraniana "falhou".

Alterar tamanho do texto:

O Ministério do Interior da Ucrânia relatou dois mortos e 22 feridos, incluindo quatro menores.

De acordo com as autoridade ucranianas, a Rússia lançou 19 mísseis por terra, mar e ar contra esta cidade do Mar Negro essencial para o trânsito marítimo na região. Nove desses projéteis foram abatidos.

Atiraram "mísseis contra cidades pacíficas, contra casas, contra uma catedral", disse o presidente Volodimir Zelensky. "Haverá retaliações contra os terroristas russos pelo que aconteceu em Odessa", prometeu.

Os mísseis atingiram a Catedral Ortodoxa da Transfiguração, construída no século XVIII no centro histórico de Odessa, sob proteção da Unesco.

Os padres conseguiram resgatar ícones dos escombros dentro do prédio danificado.

"Houve um ataque direto à catedral e três altares foram completamente danificados", disse o padre Miroslav, vice-reitor do templo. Segundo ele, o prédio está "muito danificado por dentro", e "apenas a torre sineira permaneceu intacta".

A Ucrânia descreveu o ataque como um "crime de guerra" e acrescentou que a catedral "foi destruída duas vezes, por Stalin e por Putin".

O templo foi demolido sob Stalin em 1936 e reconstruído na década de 1990, após a queda da União Soviética.

A Rússia, por sua vez, culpou as defesas aéreas de Kiev pelo que aconteceu na catedral e afirmou ter atingido todos os alvos definidos em Odessa.

No entanto, moradores de Odessa contam que os alvos eram prédios residenciais.

"Aqui o que temos são casas. Nada militar", disse à AFP Tetiana, dona de um salão de beleza.

Em uma carta endereçada ao patriarca russo Kirill e publicada nas redes sociais, o arcebispo Viktor, da diocese de Odessa, da Igreja Ortodoxa ucraniana, pediu no domingo para "cessar o derramamento de sangue".

A Unesco condenou "veementemente" os "brutais bombardeios" em Odessa e afirmou que eles "significam uma nova escalada de violência contra o patrimônio cultural da Ucrânia", denunciou Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco, agência da ONU para cultura, educação e ciência.

Odessa tem sido repetidamente bombardeada desde que a Rússia se retirou, há uma semana, do acordo que permitia que grãos ucranianos fossem exportados através do Mar Negro.

- A contraofensiva ucraniana "fracassou", diz Putin -

O bombardeio ocorreu horas antes de uma reunião entre Putin e o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, em São Petersburgo.

A reunião entre os dois líderes ocorre pela primeira vez desde que Belarus atuou como mediadora para o fim da rebelião do grupo paramilitar Wagner na Rússia, há quatro semanas.

No início do encontro, no Palácio Konstantinovsky, o presidente russo afirmou que a contraofensiva ucraniana lançada no início de junho para tentar recuperar os terrenos invadidos por Moscou a sul e a leste "falhou".

Já Lukashenko atribuiu o incidente com o grupo paramilitar como o maior desafio ao poder de Putin, segundo muitos analistas, e reforçou que está controlando "o que está acontecendo", em menção à presença do grupo Wagner na fronteira com a Polônia.

"Eles pedem para ir para o oeste e me pedem permissão (...) para fazer uma viagem a Varsóvia, a Rzeszow", em território polonês, disse o bielorrusso a Putin, que respondeu com um sorriso. "Mas é claro que os mantenho no centro de Belarus, como combinamos", acrescentou.

Desde o acordo para o fim da rebelião em 24 de junho, os militares do grupo Wagner estão centralizados em Belarus.

C.Conti--PV

Apresentou

Trump anuncia ajuda de US$ 12 bi para agricultores afetados por tarifas

Donald Trump anunciou, nesta segunda-feira (8), um pacote de ajuda de 12 bilhões de dólares (R$ 65,16 bilhões, na cotação atual) para os agricultores americanos, uma base de apoio crucial que foi afetada pelas consequências de suas políticas comerciais e tarifárias.

Trump diz que Europa está em um caminho 'muito ruim' devido à migração

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta segunda-feira (8) que a Europa está "em um caminho muito ruim", em um ataque feito dias depois de Washington publicar sua nova estratégia de segurança, na qual critica o Velho Continente pela migração em massa.

Agência da ONU denuncia que autoridades israelenses confiscaram bens em Jerusalém

O diretor da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA) denunciou que as autoridades israelenses confiscaram seus bens nas instalações de Jerusalém Oriental nesta segunda-feira (8), algo que Israel justificou como uma operação para cobrar impostos atrasados, apesar de a ONU ser isenta de tributos.

Aliados europeus da Ucrânia apoiam Zelensky em Londres após críticas de Trump

Os principais aliados europeus da Ucrânia mostraram apoio a Volodimir Zelensky, nesta segunda-feira (8), em Londres, após o presidente ucraniano sofrer críticas de Donald Trump, expressando ceticismo sobre detalhes do plano americano para pôr fim à guerra contra a Rússia.

Alterar tamanho do texto: