Pallade Veneta - Oposição denuncia manobra para impedir candidatura de Corina na Venezuela

Oposição denuncia manobra para impedir candidatura de Corina na Venezuela


Oposição denuncia manobra para impedir candidatura de Corina na Venezuela
Oposição denuncia manobra para impedir candidatura de Corina na Venezuela / foto: Federico Parra - AFP

A oposição venezuelana denunciou neste sábado uma manobra para impedir a candidatura de Corina Yoris, indicada como substituta de María Corina Machado para enfrentar o presidente, Nicolás Maduro, nas eleições de 28 de julho.

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A Plataforma Unitária Democrática (PUD), que reúne os principais partidos de oposição, acusou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de bloquear o acesso ao sistema automatizado onde se inicia o processo de candidatura.

“Alerto os venezuelanos e o mundo para a manobra em curso para impedir a inscrição no CNE da candidata de toda a unidade democrática da Venezuela, Corina Yoris”, denunciou María Corina na rede social X.

“Não se vistam, porque não irão", ironizou Maduro ontem, durante uma transmissão que coincidiu com o anúncio da candidatura de Corina.

- Legalidade -

Elvis Amoroso, presidente do CNE e responsável pela inabilitação de María Corina quando era controlador-geral, ressaltou hoje que os candidatos permitidos “gozam da legalidade necessária. Não têm nenhum tipo de impedimento ou julgamento aberto.”

“Já se passaram mais de 54 horas desde o início do período de candidatura, sem que nos fosse permitido acessar o sistema", denunciou a PUD na rede social X. “Nada nem ninguém irá nos tirar do caminho eleitoral para conseguir, com a força do voto da maioria, a mudança para a nossa Venezuela", ressaltou.

O período de inscrição das candidaturas começou no último dia 21 e vai até a próxima segunda-feira. Maduro, que buscará o terceiro mandato, ainda não formalizou a indicação do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).

A oposição conta com apenas duas representações partidárias autorizadas: a MUD, antiga aliança substituída pela atual Plataforma Unitária (PUD), e Um Novo Tempo (UNT), de Manuel Rosales, que enfrentou Hugo Chávez nas presidenciais de 2006, esteve exilado no Peru e agora é governador do estado petroleiro de Zulia (oeste). Isso se traduz em apenas duas candidaturas.

Políticos que se apresentam como opositores, mas que a oposição considera que colaboram com o chavismo, foram os primeiros a se inscrever.

“Não é de surpreender que, ao inserir os dados da professora Corina Yoris na plataforma do Conselho Nacional Eleitoral, sua inscrição não seja admitida, o que obrigaria a plataforma unitária a ter outros nomes preparados”, publicou o cientista político Jesús Castillo Molleda no X.

Nas ruas, parte da população se mostra cética em relação às chances de Corina em julho. "Infelizmente, isso está decidido", diz o oficial de segurança Darwin Quintana, 37. "Mas vou com tudo o que for contrário a este governo."

Já a cozinheira Isabel Febres, 52, é fiel ao chavismo: "Nenhum candidato tem chance com o meu presidente, Nicolás Maduro, que é o futuro dos meus netos, das milhas filhas."

P.Colombo--PV