Pallade Veneta - Opositora venezuelana Machado alerta sobre possibilidade de 'detenção injustificada'

Opositora venezuelana Machado alerta sobre possibilidade de 'detenção injustificada'


Opositora venezuelana Machado alerta sobre possibilidade de 'detenção injustificada'
Opositora venezuelana Machado alerta sobre possibilidade de 'detenção injustificada' / foto: Ronald PEÑA - AFP/Arquivos

A líder venezuelana María Corina Machado, principal adversária do presidente Nicolás Maduro, mas inabilitada politicamente, alertou nesta quarta-feira (3) que corre o risco de ser presa sem justificativa, em um momento em que o Parlamento discute uma lei "contra o fascismo" que tem como alvo a oposição.

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Machado enviou uma carta aos 18 países mais a União Europeia (UE) que participaram de uma conferência sobre a Venezuela em Bogotá, em 25 de abril do ano passado, focada no alívio de sanções em troca de condições eleitorais.

"Minhas equipes em todo o país correm o risco de desaparecimentos forçados e eu mesma poderia ser alvo de uma detenção injustificada", advertiu no texto que publicou em suas redes sociais.

Machado foi muito bem nas primárias da oposição majoritária para ser a candidata nas eleições presidenciais de 28 de julho, mas uma proibição para exercer cargos públicos por 15 anos, que ela rejeita, a impediu de se inscrever no processo.

Sua substituta, a acadêmica Corina Yoris, também não pôde se registrar, o que gerou críticas de governos aliados de Caracas como os do Brasil e da Colômbia.

"Seguem me impedindo de sair do país e até de pegar voos dentro da Venezuela, enquanto muitas das pessoas que apoiam meus atos de campanha são alvo de represálias", denunciou, destacando a prisão de oito colaboradores e a ordem de captura de outros sete, seis deles refugiados na embaixada argentina.

Maduro tachou o partido de Machado de "movimento terrorista" e, no Parlamento, promoveu uma lei para punir"o fascismo", termo que usa normalmente para se referir a opositores e considerado por críticos como uma forma de intimidar a oposição.

O projeto, aprovado em primeira discussão, contempla prisão por até 12 anos e multas de 50.000 a 100.000 dólares (252.000 a 504.000 reais).

B.Cretella--PV