Pallade Veneta - Ataque da guerrilha ELN mata sete soldados colombianos

Ataque da guerrilha ELN mata sete soldados colombianos


Ataque da guerrilha ELN mata sete soldados colombianos
Ataque da guerrilha ELN mata sete soldados colombianos / foto: Schneyder Mendoza - AFP/Arquivos

Sete soldados morreram e 30 ficaram feridos na noite de quinta-feira (18) em um ataque com drones e explosivos a uma base militar na Colômbia, atribuído à guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) , informou o Exército.

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Longe de tentar retomar as negociações de paz, suspensas desde 2024, os rebeldes desafiaram o presidente Gustavo Petro esta semana ao decretar um confinamento de civis e ameaçar as forças de segurança em regiões sob seu controle.

Embora a medida estivesse em vigor de domingo a quarta-feira, os guerrilheiros atacaram uma base militar em Aguachica, município do departamento de Cesar (norte da Colômbia), na noite de quinta-feira.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram soldados feridos sendo levados a um centro médico local em macas e cadeiras de rodas, e um incêndio supostamente causado pelas explosões na base militar.

Após o ataque, o ministro da Defesa, Pedro Sánchez, condenou o "terrorismo do cartel ELN". A guerrilha "é uma ameaça que deve ser completamente desmantelada. Não fazê-lo coloca a população em grave risco", afirmou na rede X.

Petro também declarou no X que fará um pedido "urgente" para adquirir um sistema antidrones para o Exército, com um investimento de quase 260.000 dólares (1,43 milhão de reais).

Em meio ao fracasso das negociações de paz com o governo, o ELN já havia perpetrado outro ataque na terça-feira em Cali, a terceira maior cidade do país, que deixou dois policiais mortos.

A insurreição da guerrilha mais antiga das Américas contra militares e civis agrava a pior onda de violência em uma década, dada a pressão de outros grupos armados que lutam contra o Estado.

O ELN costuma declarar uma trégua no Natal e Ano Novo, que desta vez está incerta.

- Violência sem trégua -

Petro tentou negociar a paz com o ELN após assumir o poder em 2022, como parte de uma política batizada de "paz total" para desmobilizar todos os grupos armados do país por meio do diálogo.

No entanto, a apenas oito meses do fim de seu mandato, as negociações estão paralisadas, enquanto a oposição denuncia o fortalecimento das organizações ilegais.

Em janeiro, o ELN assassinou mais de 100 pessoas e provocou o deslocamento de dezenas de milhares em uma região fronteiriça com a Venezuela conhecida como Catatumbo, o que sepultou definitivamente as negociações que já estavam em crise desde 2024.

O governo dos Estados Unidos retirou recentemente a Colômbia de sua lista de aliados na luta contra as drogas porque o presidente Donald Trump considera insuficientes os esforços do país, o maior produtor de cocaína do mundo.

Também impôs sanções econômicas contra Petro e vários membros de sua família. O republicano insinuou recentemente não descartar uma incursão terrestre para destruir laboratórios de drogas na Colômbia, somada aos bombardeios contra supostas 'narcolanchas' em águas internacionais do Caribe e do Pacífico, que deixaram mais de 100 mortos desde setembro.

C.Conti--PV