Pallade Veneta - Parlamento francês suspende impopular reforma da Previdência de Macron

Parlamento francês suspende impopular reforma da Previdência de Macron


Parlamento francês suspende impopular reforma da Previdência de Macron
Parlamento francês suspende impopular reforma da Previdência de Macron / foto: JULIEN DE ROSA - AFP/Arquivos

O Parlamento francês aprovou, nesta terça-feira (16), de forma definitiva, a suspensão da impopular reforma da previdência do presidente Emmanuel Macron, uma das exigências da oposição socialista para não derrubar o governo atual.

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A aprovação por 247 votos a favor e 232 contra ocorre no âmbito do orçamento da Seguridade Social, enquanto o Parlamento continua debatendo a outra parte do projeto de contas para 2026.

Esta primeira vitória para o primeiro-ministro, Sébastien Lecornu, afasta por ora a queda de seu governo, após a Assembleia Nacional (Câmara baixa) já ter derrubado seus dois antecessores em menos de um ano.

"É uma vitória do Parlamento", comemorou sua presidente, Yaël Braun-Pivet, sobretudo porque o governo renunciou à possibilidade de aprová-lo sem o voto dos legisladores, como permitido por lei e é feito desde 2022.

O projeto aprovado prevê a suspensão até 2028 de uma das reformas centrais do segundo mandato de Macron, que adia a idade de aposentadoria para 64 anos e aumenta para 43 anos o tempo de contribuição necessário para uma aposentadoria integral.

Os deputados também suprimiram outras medidas previstas pelo governo para sanear os cofres públicos endividados, como o congelamento das aposentadorias e dos auxílios sociais.

No entanto, as negociações continuam sobre a outra parte das contas, o orçamento do Estado, que na segunda-feira recebeu o primeiro aval do Senado. Deputados e senadores devem agora chegar a um texto de compromisso.

Em 2024, Macron mergulhou a França em uma profunda crise política com a antecipação das eleições legislativas, que deixaram uma Assembleia sem maiorias e dividida em três grandes grupos: esquerda, centro-direita e extrema direita.

A tramitação dos orçamentos de 2026 rompeu a aliança governista de centro-direita e a coalizão de esquerda, obrigando o governo a negociar cada medida para evitar uma moção de censura.

O.Pileggi--PV